Brasil Michel Temer: "Não pensei em 'salvar' Bolsonaro de impeachment, pensei em distensionar o país"
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O ex-presidente Michel Temer foi o convidado do Roda Viva desta segunda-feira (27), que comemora 35 anos do programa.

A jornalista Andreza Matais questionou o ex-presidente se a carta que redigiu para Bolsonaro impediu o impeachment dele. Na visão de Temer, o processo de impedimento causa um trauma institucional, então, decidiu ajudar para acabar com o clima de tensão no país.
“Senti um clima muito negativo no país. Evidentemente, em face a provocação do presidente, eu não poderia me omitir. Vi, naquele momento, uma oportunidade de ‘distensionar’ as questões todas”, explicou Temer.
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Lideranças de esquerda e direita ainda debatem se é possível juntar esforços pelo impeachment, a uma semana dos atos de ruaA uma semana do próximo ato nacional que deve levar manifestantes às ruas das principais cidades brasileiras pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, marcado para o dia 2 de outubro, lideranças políticas à esquerda e à direita ainda debatem se é possível coordenar os esforços de antigos rivais na campanha.
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Ele ainda ressaltou que a abertura de um processo de impeachment poderia fazer do país um caos, devido a ala mais fanática dos bolsonaristas. O ex-presidente lembrou dos caminhoneiros que pararam em diversos lugares do Brasil.
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Dessa maneira, o político brasileiro avaliou que ajudou a tirar a tensão do Brasil e evitar um longo processo de impeachment no final do mandato de Bolsonaro.
Assista ao trecho completo:
Participaram da bancada de entrevistadores Basilia Rodrigues, analista de política da CNN Brasil; Andreza Matais, editora-executiva do Estadão em Brasília; Paulo Celso Pereira, editor-executivo dos jornais O Globo e Extra; Vinicius Mota, secretário de redação da Folha de S. Paulo; Diogo Schelp, colunista do portal UOL e comentarista da Rádio Jovem Pan.
Assista ao programa na íntegra:
O programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.
Atos anti-Bolsonaro puxados pela esquerda têm adesões tímidas e nova ausência de Lula .
SÃO PAULO, SP, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASÍLIA, DF, E BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - As manifestações pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo e diversas cidades pelo país, neste sábado (2), foram lideradas por movimentos e partidos de esquerda e contaram com adesões tímidas à direita, apesar dos esforços de organizadores para que os atos tivessem amplitude ideológica. Estiveram ausentes tanto presidenciáveis da chamada terceira via como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nome que lidera a disputa para 2022 e que foi exaltado pelos manifestantes nas ruas, mas até o momento não compareceu a um protesto da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.